quinta-feira, 13 de outubro de 2011

On the Playground Love

I'm still a HighSchoolLover

o que será?


O que será, que será?
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho...
O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...
Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...
O que será, que será?
Que todos os avisos não vão evitar
Por que todos os risos vão desafiar
Por que todos os sinos irão repicar
Por que todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo...
*Chico

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Elasemovenomundoassimpulandodepedraempedra.Nãoconseguealcançarochão.Coitada,erapratersidotantacoisaelaagoraandaassim.Depedraempedra.Vezesououtrasconseguepisotearenormesplacasdegelos.Ospésdameninajáestãobemmachucados.Osbraçoseacoluna,devidoaforçaqueprecisautilizarnoequilíbriodeseucorpoestãopioresainda. Seráqueelavaiaguentar?




(Acho que não)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Àquilo que eu não sei o nome

                                      Para todos os amigos do mundo que ainda não fiz.


Ao escutar o barulho dos carros, a serralheira de uma construção ao fundo,tão fundo, mas tão fundo quanto aqueles segredos que a gente tenta esconder de si mesmo, e numa bela manhã cinzenta: sentir um sopro de vida no coração.
Nessas idas e vindas dos dias, das horas (ah... entre nós sempre horas... como já diria Virginia) chegam a ser tão entediantes, como evocadoras de náuseas. Asco da rotina, rodando como tudo tem que ser, mas... será TEM que ser? Assim, um fardo tão dilacerador? Acho que sim, mas o acaso sempre será capaz de tecer mais um caso. E por isso, ainda não desistimos de viver.
Então, ir até a esquina, até a padaria, sentir cada passada, os pés formigado, aquela distensão no pé esquerdo que nunca mais sarou, ouvir os pássaros cantar, escutar os dizeres das gentes, fitar as cores urbanas, e se sentir ainda mais só, do que quando se está trancado em seu quarto. Deparar-se, de repente com um sorriso, cheio de dentes, branco amarelado, e quem sabe um olhar quente e envolvente. Ter três opções: pode ser o amor da sua vida, pode ser um amigo de tantos anos que você acabou de conhecer, pode ser só mais um estranho torto.
Os dias passam, e entre eles as horas que nos perseguem.
Ir até a esquina de novo, pegar um ônibus não-sei-pra-onde, descer aliviado da claustrofobia e sentar numa praça verde; onde se escuta as crianças brincando, os idosos passeando, a pressa dos transeuntes, e não se sabe porque... se recorda daquela noite quente e macia de amor, com um grande amor que acabou internado num hospício por amar demais.
Sentar na calçada e conversar com alguém que você nunca viu, mas que acabou de cortar seu cabelo (não era bem o corte que você queria, mas as pessoas raramente fazem o que a gente quer), tomar cerveja e cerveja. Discutir a sexualidade dos gêneros, e outras amenidades que há entre o céu e a terra. E essa pessoa não te pergunta o que você faz/fez/deixou-de-fazer, mas o que você quer, e depois o que você pensa. Sentir por algum instante que o paradoxo que te governa, governa também alguém nesse mundo.
Voltar para casa com uma sensação imensa de alívio, até mesmo uma intensa despretensiosa felicidade,
e virar mais uma página vazia do Código-Brasileiro-de-não-sei-o-que-mais-estávamos-falando.

sábado, 20 de agosto de 2011

Alienações em Geral

"Em breve todas as páginas estarão escritas, cheias de códigos, esquemas, palavras e palavras, leis, medidas e nomenclaturas. Tudo estará em seu devido lugar. Mas, não há liga nenhuma entre Eu e Isso. Nenhuma palavras faz ligação para-comigo. Há algum tempo sinto que me desliguei deste mundo. É como se viesse ocorrendo uma morte do meu Eu. Nada mais me é familiar,  como se estivesse alheia à minha própria vida. Nada me é familiar. Alienação da Existência. Todos os dias ao olhar para o espelho, preciso abrir um dicionário, e por vezes o wikcionário, para tentar compreender o que se projeta diante dos meus olhos.
Há momentos, que quero deitar na grama e olhar para o céu da noite, ou melhor, o céu da madrugada. Fitar as constelações, e diante desse Infinito tão Imenso e Escuro... me lançar. Transformando-me em poeira cósmica. Ah... o Pó: de onde tudo surge e onde tudo se acaba. 
Deve ser a inexorável busca pela tal da felicidade. Tão banalizada, coitada... que hoje decorre-se de posses, posses e mais posses. Em detrimento daquilo que deveria ser a essência Humana. Valores tão mais nobres, como o amor, a solidariedade, a compaixão, o respeito às divergências, ... Tudo isso vale menos que uma nota de Hum American Dolar.
Por vezes, a dor que carrego é tamanha, que após invadir minhas vísceras, dilacera-me pelas entranhas. E agora? Sinto que não sou mais Eu, sou apenas um parasita de mim. Cada pensamento, cada suspiro, cada desejo é engolido por um mar de sangue negro. A estagnação da morte transformou-se num ente mais forte que a correnteza da vida."  

sábado, 23 de julho de 2011


my tears dry on their on.

quarta-feira, 8 de junho de 2011


"Quem te ensinou a nadar? Foi, foi marinheiro. Foi os peixinhos do mar."

domingo, 5 de junho de 2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Vinícius

Tristeza não tem fim.
Felicidade sim.

quinta-feira, 10 de março de 2011

inquietude.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

segunda-feira

trêmula.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

sexta-feira às avessas

Desceu às pressas, pouco tempo para romances.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

stay tuned. play hard. be real.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

a porta da rua é serventia da rua.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

à deriva da corrente sanguínea que passa na porta de casa.

sábado, 29 de janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

virginia, sempre virginia

A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.


*V. Woolf em Orlando








Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.


*V. Woolf 

A todas santas que partiram pro céu da lage de casa


Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou
Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dê um pouco de atenção
Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não dá em nada
É uma festa na prisão
Nosso tempo é bom
E nem vemos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio


*Cazuza na voz da Adriana

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Devaneios matinais ou o Mito da quebra do Ovo

                                         


Sim sim. Era cinza. E agora? Flores e cores. Tudo ao mesmo tempo e agora. Vamos nadar num sonho chamado Mar pra curar essa ressaca. Ontem escutei Titanic ou Tina Turner e lembrei de nossa primeira noite de dança de salão. São coisas limítrofes, de fato. Titanic, Tina Turner, Flores, Cores e dança de salão, eu digo. Queria lhe dizer sobre aquele estória do Ovo. Quebrar ou não quebrar o Ovo? Você temia o que poderia estar dentro dele. Acho que podemos quebrá-lo sim, na parede da nossa casa. A questão do Ovo é muito complexa. Entretanto, depois de pisar em Ovos durante os último anos, reverberei as possibilidades de se quebrar O Ovo. Antes que me esqueça, hoje de manhã fui ver nossos filhos, que não me reconheceram. Olharam-me com o atrevimento e indiferença que se olha uma desconhecida. Se eu me importei? Não sei te dizer... Há uma casca de papelão grossa que embrulha meu âmago. Não é como a casca do Ovo. Talvez algum dia você possa descascá-la. Quem sabe no dia em que quebrarmos aquele Ovo na parede.



*questionamentos suscitados a partir da leitura de George Bataille e Caio Fernando Abreu