sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Volver

Tuya es su vida, tuyo es su querer...


Yo adivino el parpadeo
De las luces que a lo lejos
Van marcando mi retorno...
Son las mismas que alumbraron
Con sus palidos reflejos
Hondas horas de dolor...
Y aunque no quise el regreso,
Siempre se vuelve al primer amor...
La vieja calle donde el eco dijo
Tuya es su vida, tuyo es su querer,
Bajo el burlon mirar de las estrellas
Que con indiferencia hoy me ven volver...
Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...
Tengo miedo del encuentro
Con el pasado que vuelve
A enfrentarse con mi vida...
Tengo miedo de las noches
Que pobladas de recuerdos
Encadenan mi soñar...
Pero el viajero que huye
Tarde o temprano detiene su andar...
Y aunque el olvido, que todo destruye,
Haya matado mi vieja ilusion,
Guardo escondida una esperanza humilde
Que es toda la fortuna de mi corazón.
Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...


*Carlos Gardel

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Anônimas

"Virginia, Meu Eterno-único Amor,

sei que você continua passando noites e noites em claro em busca de um ponto de apoio que possa lhe responder pelo menos uma dessas tantas interrogações.
[ou para que pelo menos elas se tornem vírgulas, reticências, pontos de exclamação e pontos finais]
sei que depois de tantos anos desde a primeira vez que nos cruzamos naquela rua escura, depois daquele filme do Bergman no Paladium, você permanece em sua deliciosa, perigosa, kamikaze e tão sedutora Vida-de-montanha-russa.
sei que mesmo depois de ter se lançado mortalmente no Rio Ouse, você continua a ser atormentada pela mesmas interrogações. Seu corpo boiou por quase um mês...
Naquele marasmo de água-doce, você se reintegrou à Natureza. sei que aqueles dias foram os melhores de sua vida.
[de olhos bem fechados, entre-a-vida-e-a-morte]
Quando te achamos e fizemos nossos rituais de morte, para que pudéssemos de modo civilizado, simbolizar sua passagem, eu sei, meu amor, que a angústia amarga de seu âmago voltou a te assombrar, pois você simplesmente voltou a viver.
Virginia, minha mulher e esposa, sua falta de freio e os símbolos que tatuou em seu corpo-alma foram e sempre serão a alavanca de minha eterna admiração por você. A sua Magnitude etílica é digna de uma Rainha....
Ah minha querida, se conselho fosse bom, não seria dado, não é? Mas devo te dizer, já é tarde. Você já vagou demais.

É hora de voltar pra casa. Pros meus braços magros e meu peito branco de ossos frios e sobressalentes, que te jogarão para a realidade que tanto temes: a do dia-a-dia.

A-Guardo-te.

Sempre Seu,

Leonardo Woolf."

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Antes e durante o sono (ou na falta dele)

" Pão-de-Mel,

Lembrei de você assim que acordei, na verdade tive uma puta insônia depois de um pesadelo.
Queria te ligar, mas né, não vou fazer aloka e te ligar às 4h da madrugada. É que lembrei que ontem mesmo você me contou que tinha sonhado com aqueles fantasmas que te assombravam e que demoramos tantos anos para exorcizá-los... será que eles irão voltar, gata? não temos mais saúde mental e disposição física para conviver com eles. precisamos mandá-los de volta pro purgatório, de onde nunca deveriam ter saído.


Enfim...  acordei com uma inquietude maior do que quando fui dormir e nessas horas sei que só você pode me acalmar. Na verdade nem é acalmar, porque você anda tão cheia de dor e tão atormentada pelos mortos-vivos que você mesma retirou (ics) da catacumba,

mas talvez fantasiar, quer dizer delirar...
hoje vejo que devido a nossa cumplicidade tão fluente, esses monstros que puxam seu pé na cama, são os mesmos que sopram frio no meu ouvido nessas noites de insônia.

Bom,  nem sei o que queria te dizer, mas acho que talvez queria te indagar o seguinte:


POR QUE NÃO PODEMOS VIVER COMO VIVEMOS EM NOSSOS SONHOS? NÃO AQUELES SONHOS IMAGINÁRIOS, MAS AQUELES BREVES MOMENTOS DE CONCRETUDE DA FELICIDADE...
 
Pra essa pergunta, talvez que eu mesma já tenha a resposta.
 
Por ora e por último queria só te pedir...
 
mande os fantasmas embora, e deixe só nossas fantasias coloridas e macias, elas só estão em nossos imaginários porque as merecemos.
 
Com amor fraternal,
 
Sua Metade. "

sábado, 14 de agosto de 2010

Daddy's girl learned fast ALL those things he couldn't say






On the street where you live
Girls talk about their social lives
They're made of lipstick, plastic and paint
A touch of sable in their eyes

All your life all you asked
When is your Daddy gonna talk to you
But we're living in another world
Tryin' to get your message through

No one heard a single word you said
They should have seen it in your eyes
What was going around your head