segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Devaneios matinais ou o Mito da quebra do Ovo

                                         


Sim sim. Era cinza. E agora? Flores e cores. Tudo ao mesmo tempo e agora. Vamos nadar num sonho chamado Mar pra curar essa ressaca. Ontem escutei Titanic ou Tina Turner e lembrei de nossa primeira noite de dança de salão. São coisas limítrofes, de fato. Titanic, Tina Turner, Flores, Cores e dança de salão, eu digo. Queria lhe dizer sobre aquele estória do Ovo. Quebrar ou não quebrar o Ovo? Você temia o que poderia estar dentro dele. Acho que podemos quebrá-lo sim, na parede da nossa casa. A questão do Ovo é muito complexa. Entretanto, depois de pisar em Ovos durante os último anos, reverberei as possibilidades de se quebrar O Ovo. Antes que me esqueça, hoje de manhã fui ver nossos filhos, que não me reconheceram. Olharam-me com o atrevimento e indiferença que se olha uma desconhecida. Se eu me importei? Não sei te dizer... Há uma casca de papelão grossa que embrulha meu âmago. Não é como a casca do Ovo. Talvez algum dia você possa descascá-la. Quem sabe no dia em que quebrarmos aquele Ovo na parede.



*questionamentos suscitados a partir da leitura de George Bataille e Caio Fernando Abreu

3 comentários:

mariana disse...

simbólico, delicado, denso e um pouco melancólico.
Belíssimo!

Anônimo disse...

texto que se movimenta para fora dele.ou para dentro (no entanto, consciente de que não existe dentro da palavra, tãopouco fora). tal qual foi a minha primeira leitura. e se quebrar o ovo e descascar o papelão? gostei muito de todas essas perspectivas e movimentos. bjo!

Anônimo disse...

maravilhoso!