sábado, 29 de janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

virginia, sempre virginia

A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.


*V. Woolf em Orlando








Escrever é que é o verdadeiro prazer; ser lido é um prazer superficial.


*V. Woolf 

A todas santas que partiram pro céu da lage de casa


Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou
Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou
Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som
Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio
Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dê um pouco de atenção
Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não dá em nada
É uma festa na prisão
Nosso tempo é bom
E nem vemos de montão
Deixa eu te levar então
Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem
Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto
Ouve o teu coração
Ao cair da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio


*Cazuza na voz da Adriana

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Devaneios matinais ou o Mito da quebra do Ovo

                                         


Sim sim. Era cinza. E agora? Flores e cores. Tudo ao mesmo tempo e agora. Vamos nadar num sonho chamado Mar pra curar essa ressaca. Ontem escutei Titanic ou Tina Turner e lembrei de nossa primeira noite de dança de salão. São coisas limítrofes, de fato. Titanic, Tina Turner, Flores, Cores e dança de salão, eu digo. Queria lhe dizer sobre aquele estória do Ovo. Quebrar ou não quebrar o Ovo? Você temia o que poderia estar dentro dele. Acho que podemos quebrá-lo sim, na parede da nossa casa. A questão do Ovo é muito complexa. Entretanto, depois de pisar em Ovos durante os último anos, reverberei as possibilidades de se quebrar O Ovo. Antes que me esqueça, hoje de manhã fui ver nossos filhos, que não me reconheceram. Olharam-me com o atrevimento e indiferença que se olha uma desconhecida. Se eu me importei? Não sei te dizer... Há uma casca de papelão grossa que embrulha meu âmago. Não é como a casca do Ovo. Talvez algum dia você possa descascá-la. Quem sabe no dia em que quebrarmos aquele Ovo na parede.



*questionamentos suscitados a partir da leitura de George Bataille e Caio Fernando Abreu