quarta-feira, 28 de julho de 2010

End it someday - What's that song? or I hate myself and I want to die


Running nose and runny yolk
Even if you have a cold still

You can cough on me again

I still haven't had my full fill

In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?

In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?



Broken heart and broken bones

Finger pressing down to the horse pills (Think about the guys in the hospitals)

One more quirky cliched phrase

You're the one I wanna refill (You don't wanna wanna read them)



In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?

In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?




(Words are broken lives)

Most people don't realize that large pieces of coral, which have been painted brown and attached to the skull by common wood screws, can make a child look like a deer.




In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?

In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?


Running nose and runny yolk

Even if you have a cold still

You can cough on me again

I still haven't had my full fill



In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?

In the someday - What's that sound?

End it someday - What's that song?



In the some day What's that sound x4

Most people don't realize

That two large pieces of coral,

Painted brown, and attached to his skull

With common wood screws can make a child look like a deer



In the someday what's that s sound?



Runny nose and runny yolk

Even if you have a cold still

You can cough on me again

I still haven't had my fulfill

In the someday what's that s sound
 
 
*Kurt Cobain

terça-feira, 27 de julho de 2010

.vai fazer um pequeno corte transversal na altura do miocárdio para extirpar todo o altruísmo que lhe é intrínseco.

sábado, 17 de julho de 2010

(parênteses)

Sentiu falta do Tango.
Sentiu falta do Vinho.
Sentiu falta do Sangue.
Sentiu falta da Carne.
Sentiu falta da Esqualidez.
Sentiu falta do Pedestal.

Falta por falta, sempre há. Sempre há a falta.
A página foi virada a força.
porque passo a passo.
a falta tem sido aceita.

Saudade... Saudade, sim.
Gloriosa entidade.
Estou aqui para vosso serviço.
Mesmo que doa. A senhora sim, é de Dignidade.
Te sirvo como uma humilde pagã.

E como lhe sinto.

E no 'aqui-agora':

Sinto Saudade da Escrita.
Sinto Saudade da Pele.
Sinto Saudade da Escrita na Pele.

(...)


Deixe estar... (inspira e transpira)
um dia Ela volta.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

o paraíso

ferida aberta. carne exposta. sangue que não cessa.
ferida aberta. carne exposta. sangue que não cessa.
ferida aberta. carne exposta. sangue que não cessa.
ferida aberta. carne exposta. sangue que não cessa.
ferida aberta. carne exposta. sangue que não cessa.

hemorragia. deixar morrer por si só.
hemorragia. deixa morrer por si só.
hemorragia. deixou morrer por si só.


jogou a carne pras bestas devorarem.
joga os ossos numa vala.
deixar a alma andar por ai... penada.
não faz ritual de morte.
não merece. não é gente.
não é bicho. é Nada.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Todos Os Dias e mais Um Dia.

Acordou numa manhã muito fria. Tão gelada que não sentia seus dedos. O peso do seu corpo era tamanho que demorou horas para erigir-se. Era como se tivesse 90 anos ou mais... Abriu os olhos e pensou no que havia passado todos aqueles anos. Supreendeu-se em deparar-se com o vazio, mas isso já era de se esperar: o vazio. O barulho dos automóveis e de tudo que ocupa/habita os espaços urbanos estavam cada vez mais distantes. Cada segundo podia aproximar-se da orquestração que o silêncio constitui. Em frangalhos, arrastava-se pelo chão, e fitava o que passou. Deu-se conta que todo o período que visualizava, os 90 anos lógicos - lacanianos, não passavam de meros objetos descartáveis. Talvez tenha passado toda uma vida vivenciando as delícias mundanas e materiais. E só. Finalmente talvez, mas apenas hipoteticamente, seu espírito estivesse se descolando de seu corpo. Não entendia direito o que sucedia. Sua ignorância e alienação eram tamanhas que não sabia o que passava. Arrastava-se pelo chão como um réptil. Pensava "do dia pra noite, eu envelheci". Lembrou-se de sua juventude e tudo que perdera, tudo que deu e tudo que não abdicou para chegar até ali, das não-evoluções sucessivas, das esbórnias e do sangue alheio derramado por toda a estrada. "Será que já estou morta?" Por mais que tivesse desejado sua Passagem durante todos aqueles anos, temia o que vinha depois. O juízo final deixava-a trêmula. Muito do peso se devia ao buraco da frustração causada pela distância entre o que não foi  e a imagem criada por seu Supereu daquilo que acha que deveria ser. Mas ela não via. Só sentia.  Após ininterruptas 24 horas da imersão em vir-a- ser o passado/presente/futuro, deu-se conta que o fardo que estava arrastando não era seu corpo... e sim sua alma.