sábado, 20 de agosto de 2011

Alienações em Geral

"Em breve todas as páginas estarão escritas, cheias de códigos, esquemas, palavras e palavras, leis, medidas e nomenclaturas. Tudo estará em seu devido lugar. Mas, não há liga nenhuma entre Eu e Isso. Nenhuma palavras faz ligação para-comigo. Há algum tempo sinto que me desliguei deste mundo. É como se viesse ocorrendo uma morte do meu Eu. Nada mais me é familiar,  como se estivesse alheia à minha própria vida. Nada me é familiar. Alienação da Existência. Todos os dias ao olhar para o espelho, preciso abrir um dicionário, e por vezes o wikcionário, para tentar compreender o que se projeta diante dos meus olhos.
Há momentos, que quero deitar na grama e olhar para o céu da noite, ou melhor, o céu da madrugada. Fitar as constelações, e diante desse Infinito tão Imenso e Escuro... me lançar. Transformando-me em poeira cósmica. Ah... o Pó: de onde tudo surge e onde tudo se acaba. 
Deve ser a inexorável busca pela tal da felicidade. Tão banalizada, coitada... que hoje decorre-se de posses, posses e mais posses. Em detrimento daquilo que deveria ser a essência Humana. Valores tão mais nobres, como o amor, a solidariedade, a compaixão, o respeito às divergências, ... Tudo isso vale menos que uma nota de Hum American Dolar.
Por vezes, a dor que carrego é tamanha, que após invadir minhas vísceras, dilacera-me pelas entranhas. E agora? Sinto que não sou mais Eu, sou apenas um parasita de mim. Cada pensamento, cada suspiro, cada desejo é engolido por um mar de sangue negro. A estagnação da morte transformou-se num ente mais forte que a correnteza da vida."  

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