sexta-feira, 26 de março de 2010

O Imperativo de Eros ou o Império de Tânatos?

Em tempestade, em terra ou em outro lugar nenhum...

acontece. E remete sempre ao mesmo ponto,

de um determinado ponto da infância primeira.

Não há como antever e nem predeterminar.

Os antigos gregos chamavam de tiquê,
nós mortais, sobreviventes do século XXI,
nomeamos esse buraco sem nome de Acaso ou Esmo.

[A - caso e Es - mo]

A rotina, o previsível é o Grego automaton.
Enquanto este aponta para a repetição sintomática,
como insistência dos signos comandada pelo princípio do prazer
(bom dia, Eros).
A tiquê indica esse encontro do Real,

que vige sempre por trás do automaton,
para além do princípio do prazer
(boa noite, Tânatos)

O mesmo continua porque é assim.

Sim, acontece pois simplemente acontece.
é a mesma coisa, só mudam as máscaras, os personagens e maquiagem:
Os atores são sempre os mesmos, desde o início da existência humana.

O esmo, desconhecido, vem para romper a mera ilusão de controle.
O buraco, o lapso vem como o inominável Imprevisível.

Se "a razão é medrosa", a repetição nos cega,
pois ela é cega em sua própria essência.

Tiquê cava uma cratera na Superficialidade.

Enlaça, exatamente aquilo que era intangível.
Une os paralelos no infinito.
Desvela a cegueira das insaciáveis repetições.


Nenhum comentário: