
num manto de palavras
pela noite
no porão desse quarto
um baú de segredos
palavras que giram
palavras que gritam
palavras que fogem
palavras que me entopem
e tudo gira.
gira em torno de não sei o que,
um QUÊ que me consome e me arde
e é incessável
inacessível
uma coisa
a coisa
[das ding]
e ali está a foto dela
ela?
quem é ela?
(que bate toda noite na minha porta)
no ritmo do meu miocárdio...
Outra
voz e silêncio
boca e olhar
simplório jeito de amar
e aqui tudo gira, nada é estático
nada me é esteticamente agradável.
não sei ainda onde é
naqueles segredos que não são meus.
só são meus quando eu não estou aqui,
estou em Outro lugar.
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